Quando estava realizando os estudos para o doutorado, analisando os dados, me deparei com a impressão surpreendente de que: mulheres solicitam menos propostas que homens, mulheres ganham ainda menos, proporcionalmente e, o mais importante/interessante, mesmo quando ganham, mulheres recebem menos financiamento que homens. Como esse é um sério indicador de presença de misoginia no CNPq, foi objeto de todo um estudo a parte.
O estudo resultou no artigo: “Mulheres no CNPq – Uma análise de possíveis mecanismos de desigualdade de gênero no fomento federal à CT&I“, que foi aceito para o XIV ENPEC e publicado em seus anais.
O artigo verificou que a impressão acima é verdadeira e que mulheres recebem financiamentos na ordem de 90% daquilo que os homens são financiados, ou seja, que mulheres recebem aproximadamente 10% a menos que homens em seus projetos de pesquisa financiados pelo CNPq.
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